A Marca CO (Cultura Organizacional)

A Marca CO (Cultura Organizacional)

1050 700 Hugo Gonçalves

Para que uma equipa funcione, cada membro deve usar a seguinte receita: Um punhado de bom senso, duas colheres grandes de empatia e transparência, meio litro de objetivos concretos e metas de grupo e 4 pedaços de sincronismo

Adaptado de Josianne Corrêa Cardoso

A MARCA CO – Cultura Organizacional

Na semana passada assisti a uma masterclass online, sobre como se podem efetivamente e de forma propositada desenhar a Cultura Organizacional e Equipas

Existiam todas as condições para que as partilhas da minha amiga e colega que facilitou a masterclass fossem confirmações, pois eu e ela temos uma visão e afinidades muito comuns sobre estes assuntos.

Mas não foram confirmações. Foram gatilhos de intriga e questionar-me.

Fui “picado” pelo bichinho de me colocar em causa, ao refletir sobre o que ouvia e “comparar” com a “minha experiência” e convicções. Comecei a desfazer algumas peças do puzzle da minha visão sobre a Cultura e Equipas, e foi espetacular. ?

Porque sinto mesmo um “prazer intelectual” e uma “alegria emocional” perante a possibilidade de mandar abaixo certezas que me trouxeram até aqui. Quando novas incertezas e possibilidades se perspetivam como sendo ainda mais recompensadoras. 

Ideias-chave nessa masterclass que me criaram impacto (sendo novidade ou confirmações):

Uma organização com uma ótima cultura pode não ter equipas ótimas. Uma equipa ótima pode ser perfeitamente funcional e equilibrada dentro de uma organização com uma cultura complicada; (novidade)

Desenhar uma cultura é uma ação coletiva consertada que equilibra momentos de design, de experimentação, de implementação. Mas principalmente de conversas abertas, transparente e profundas, nem sempre fáceis. E depois dessas conversas as equipas têm de, “metaforicamente”, fazer como aqueles casais que não adormece sem fazer as pazes. (com esta já estava identificado, apenas contribuí com a última parte dos casais ?)

Pertencer a uma ótima equipa é um fator de retenção superior do que a própria liderança e organização por si só. Uma pessoa colocada numa “má” equipa numa empresa com uma cultura organozacional espetacular vai abandonar essa empresa ao fim de algum tempo. Estando numa ótima equipa, no seio de uma empresa taralhouca até é menin@ para ficar. (novidade)

Pessoas Comuns constroem e mantêm Coisas Extraordinárias. (também uma ideia de que acredito, mas ainda com pouca aceitação no mercado.

No dia seguinte ouvi na rádio o fantástico Common People, dos PULP. Veio-me logo à ideia o assunto das Pessoas Comuns e as Coisas Extraordinárias.

A canção, poema e em parte manifesto, é uma crítica. A todos aqueles que, vivendo num mundo privilegiado e provavelmente maçador e mofo, ficavam intrigados e desejavam interagir q.b. com as pessoas normais. 

Uma espécie de turismo de classes sociais. ? 


As palavras Pessoa e Comum na mesma frase têm um mau branding. Associa-se a algo normal, vulgar, que não se destaca. Mas Comum não tem a ver com identidade. Tem a ver com Interações, com Partilha, com Impactos:

co.mum / kuˈmũ

  • pertence a muitos ou a todos;
  • se faz conjuntamente;
  • interessa a um grande número de pessoas;

Estamos perante um ciclo de mudança e expansão e impermanência vertiginosos, associados ao desenvolvimento e transformação do conceito do que é um PROFISSIONAL, ORGANIZAÇÃO, PRODUTO E SERVIÇO E CLIENTE.

O Capital Humano, Lideranças, Processos e a Interação com Clientes e Utilizadores necessitam de ser suportadas por uma Cultura Organizacional, Alinhamento, Fluxos de Trabalho e Comunicação robustos, positivos, ágeis, seguros e honestos para serem capazes de acompanhar essa “revolução”.

E para isso precisamos todos de contribuir para a Marca CO:



[CO]laboração

Yuval Noah Harari refere na sua TED Talk – O que explica a Ascensão dos Humanos – que queremos acreditar que há algo especial a nosso respeito, sobre o nosso corpo, sobre o nosso cérebro, que nos torna superiores.

Os seres humanos ascenderam como espécie “apenas” porque são os únicos seres que cooperam simultaneamente com flexibilidade e em grande número. Um contra um, ou mesmo dez contra dez, os chimpanzés podem ser melhores do que nós. Mas, com 1000 seres humanos contra 1000 chimpanzés, os seres humanos ganharão facilmente, pela simples razão que 1000 chimpanzés não conseguem cooperar minimamente.




[CO]criação

Algo que nos distingue como seres é a Imaginação. Esta surge pelo facto de conseguirmos viver de forma simultânea em dois mundos diferentes:

Cocriar com as Pessoas nas Organizações é transmutar as histórias fictícias que são os sonhos, querer evoluir, fazer algo diferente, melhorar, para realidades – coisas, produtos, serviços e atividades concretas.

O caminho passa por facilitar percursos formais de exploração, reflexão e decisão para as tuas equipas, pares e porque não para os teus próprios líderes, dentro da empresa.

Para que Pessoas e Organizações transformem essas ficções em realidades inovadoras, lucrativas, com propósito e human-centric.




[CO]responsabilidade

Acredito de forma visceral que cada Líder | Profissional | Organização é o melhor especialista de si próprio. Quanto trabalho com indivíduos ou equipas, a melhor forma de eu poder facilitar o processo de transformar o seu potencial em performance e soluções é ser bastante rigoroso nessa premissa. E ao mesmo compreendo e respeito quando as pessoas não se sentem confortáveis em assumir o seu Self Leadership e o seu Radar de Influência. 

Não é por mal. É “apenas” por questões de confiança, receio, ou falta de hábito. Raramente é pelo facto de as pessoas serem taralhoucas e preguiçosas. ?

Por isso é que valorizo a Facilitação (onde eu e os clientes todos somos pares) e eles percorrem um caminho de descoberta, transformação e ação – a Engenharia Organizacional.

Costumo fazer um contrato relacional nos workshops e projetos:

  • A minha responsabilidade é criar e facilitar um conjunto de dinâmicas onde eles vão poder definir o que é importante, qual o estado atual, como poderá ser o futuro e qual o caminho para lá chegar;
  • A responsabilidade dos meus colegas/equipas é mergulhar, de participar, de partilhar e abraçarem tudo o que a nível de conhecimento, experiência relacional e emocional possa surgir, e que se possam tornar líderes agentes de mudança, formais ou informais, após eu ir à minha vida. ?

[CO]opetição

O termo Coopetição descreve a relação simultânea de cooperação e competição entre pessoas ou organizações, equipas, departamentos, offices com localizações diferentes.

Ocorre normalmente para atingir um objetivo comum, tendo em vista a complementaridade de recursos, competências e experiência. Numa época de ecossistemas, contextos e cenários voláteis, a coopetição é do melhor que há. ? Coopetição é ter o melhor dos dois mundos. Implica estabelecer parcerias e projetos com mindset e um heartset ágil. A Coopetição é uma escolha, não um dever.

A Marca CO é a um potenciador de Esperança Organizacional.

A Esperança é um estádio intermédio entre o sonho e a realidade que desejamos. A Esperança é muito mais que uma sensação ou sentimento, eu diria que é uma Estratégia. Materializada pela Marca CO – cultura organizacional.

Escrevi sobre isso num artigo sobre a o binómio Esperança e Expetativas no contexto das Organizações

Com os tempos que correm, o salário emocional também terá de incluir a Esperança.

Também esta pode ser desenhada, tal como as Cultura Organizacional e Equipas. A imagem acima representa de forma bastante feliz essa possibilidade. 

Faz sentido?

Por fim, ficam aqui dois links:

Obrigado e Abraço,

Hugo

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