Sê @ teu/tua própri@ Influencer 😎 (e Boas Férias)

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Sê @ teu/tua própri@ Influencer 😎 (e Boas Férias)

1920 1246 Hugo Gonçalves
—  STEPHEN COVEY

CÍRCULOS DE INFLUÊNCIA – Influenciar a minha performance e a dos outros através do individualismo empático

Por esta altura aproxima-se ou já estás a viver o teu habitual período de férias, onde aproveitas para abrandar e até mesmo parar dos compromissos e focos profissionais, para poderes, através do descanso, diversão, ambos ou afins 😊, regenerar o teu corpo, mente e Pessoa como um todo.


Uma coisa bastante paradoxal que acontece nesta altura é que deixamos de trabalhar “por fora”, mas de forma orgânica começamos a trabalhar (e muito) por dentro. 😊

Entramos em processos de reflexão, fazemos pontos de situação, celebramos sucessos e avaliamos quais as aprendizagens que podemos retirar dos eventos que gostaríamos que tivessem ocorrido de forma diferente.

Aproveitamos para ler mais, conversar mais, escrever mais, decidir mais. Permitindo-nos este espaço mental e existencial de maior serenidade e de acesso a outras perspetivas e possibilidades, surge uma outra clareza, energia e motivação, que conjugados com o descanso e diversão, proporcionam níveis mais robustos de motivação e resiliência para este mundo líquido.


Uma grande parte do meu trabalho foca-se em trazer para o dia-a-dia das Pessoas e Organizações todas estes mecanismos de Consciência, Transformação e Ação que referi nas linhas anteriores, para a Evolução das Pessoas, Transformação Organizacional e Agilidade de Equipas, Cultura e Trabalho.


Sendo um curioso e entusiasta dos ecossistemas e sobre a perspetiva de como é que funciona o “todo” de um determinado contexto, identifico tantos, mas tantos weak signals ao nível do que ocorre com as Pessoas e Mundo, que quase posso garantir que durante os próximos anos não vão existir momentos aborrecidos e de rotina. 😊


Tendo acesso a algumas partilhas e informação sobre tendências, eventos, e cenas que já estão ou vão ocorrer aqui e em várias partes do globo (e não apenas nos EUA, Ucrânia ou Médio Oriente), diria que a montanha-russa ainda só vai a meio gás. 😊

E isso implica que uma contínua observação, reconhecimento e mecanismos de decisão, tendo em conta o que se passa dentro e fora da organização, podem e devem fazer parte do normal dia-a-dia do trabalho.
Para que as férias possam ser quase exclusivamente dedicadas ao descanso e diversão. 😊

“Não sou um produto das minhas circunstâncias. Sou um produto das minhas decisões.” – Stephen R. Covey”

Que grande malha!😊

Os Círculos de Influência referem-se aos vários grupos de pessoas, dimensões, contextos e entidades que têm impacto na tua vida. Esses círculos podem incluir a tua família, amigos, colegas, rede profissional, organização, clientes e partes interessadas, comunidade.

Tendo em conta que não temos energia, foco e tempo para podermos estar a fazer tudo, em todo lado, ao mesmo tempo, saber escolher quais as dimensões onde podemos atuar, as que conseguimos influenciar e onde nos resta aceitar ou ir embora é de importância superlativa.

É mesmo uma vantagem competitiva organizacional e profissional. Arrisco a dizer que é mesmo uma vantagem competitiva Existencial. 😊


Compreender os nossos círculos de influência é crucial porque nos ajuda a concentrar a nossa energia e recursos nas coisas que mais importam na nossa vida pessoal e profissional. O “avozinho” Stephen Covey, cujo trabalho se mantém atual, profundo e relevante ao fim de tantas décadas, definiu 3 dimensões destas “escolhas de atuação”:

Este círculo interno tem a ver com coisas que dependem de ti, a nível de reconhecimento, decisões e ações. Refere-se às dimensões da tua vida profissional e organizacional onde tens um impacto direto e podes aportar uma mudança e transformação positivas através do teu descritivo de funções, experiência, habilidades e mindset e heartset de evolução. Hábitos, comportamentos, decisões e respetivos critérios são manifestações deste círculo.

Aqui estamos a falar de colaboração e contribuição, no âmbito de um ecossistema profissional e organizacional. Feedback, ideias, sugestões, conversas organizacionais, foco human-centric, são exemplos de materialização desta área de interseção entre a nossa contribuição individual, o (des)sincronismo com a dos outros, e o respetivo impacto no todo.

É uma zona cinzenta. Melhor dito, é um verdadeiro caleidoscópio de cores e espectros. Podemos ou não ter o poder de expandir a nossa influência nesta região para criar mudanças. Podemos certamente fazer e agir através das estratégias que partilhei, sendo que a única coisa que poderás garantir é a eficácia do contributo, mas sem garantias dos resultados ou alterações. É sensato gastar parte da nossa energia nessa esfera, tendo em mente que podes controlar o teu empenho, compromisso e valor aportado nesta esfera, mas não necessariamente os resultados.

Este círculo engloba uma gama mais ampla de fatores externos, desafios e circunstâncias com os quais podemos nos preocupar, mas que estão claramente para além do nosso controlo. Este círculo inclui a economia, o clima, os eventos disruptivos, mas também a maioria das ações, reações, comportamentos e sentimentos de outras pessoas.

O círculo externo pode também ser o mapa das Pessoas e Mundo fora da organização e as respetivas necessidades aspirações, focos, receios, tendências e mutações. Pode ser um círculo de preocupação. Mas também pode ser um círculo de aceitação e de especulação positiva daquilo que se pode tornar importante para o nosso futuro.

 

Como seres humanos, temos algumas características inatas. Algumas delas passam pela nossa necessidade e vontade intrínsecas de querer evoluir e fazer coisas diferentes, juntamente com os outros.

Nesse sentido, pode ser interessante para ti e para o âmbito do teu trabalho (como aportas valor) e tendo em conta o teu papel a nível de orientação e autonomia (líder, manager, especialista) identificares quais são os teus principais objetivos, foco, questões a resolver e quais principais intervenientes (para além de ti) que têm o poder de influenciar o teu trabalho, foco e desenvolvimento.


Compreender os círculos de influência dentro de uma determinada indústria ou ecossistema de negócio pode ser inestimável. Ao identificares os principais intervenientes e construíres relações genuínas com eles, podes aumentar a tua própria influência e expandir as tuas oportunidades.


Como tu e eu somos, para além de muitas coisas mais, a materialização da mudança (achamos que somos sempre os mesmos, mas estamos sempre em transformação), a estrutura dos círculos de influência pode ser usada para desenhar, de uma forma orgânica e estruturada, processos de mudança e transformação.


Ao mapeares os teus Círculos de influência, tendo sempre como prompt/ponto de partida uma questão, objetivo ou temática, pode ser útil fazeres a ti mesmo uma série de perguntas para orientar o teu pensamento e garantir que estás a identificar as áreas e os atores que são mais relevantes para o teu desenvolvimento, performance e realização.

Aqui estão algumas boas perguntas para se fazer (uma vez mais para determinado contexto, assunto ou objetivo):

  • O teu foco e tempo está a ser utilizado em qual dos círculos?
  • Quais dessas metas, objetivos, soluções estão sob o teu controlo para serem alcançados?
  • Quais são as ações ou tarefas específicas necessárias para alcançar essas metas e objetivos?
  • Em quais dessas ações ou tarefas os outros podem contribuir e colaborar?
  • Que ações, tarefas, resultados e comportamentos, sentimentos e reações estão fora do teu círculo de influência?
  • Existem áreas em que tu possas expandir o teu círculo de influência, seja construindo relacionamentos ou desenvolvendo novas habilidades?

Aqui está um exercício que realizo em alguns workshops, que podes utilizar para aplicar a estrutura Círculos de Influência:

1. Define o problema ou situação: Começa por identificar o problema, situação, oportunidade que desejas abordar:

    2. Desenha três círculos: Com o menor no centro e o maior no exterior. Rotula os círculos da seguinte forma:

    • Círculo 1: Coisas que posso controlar;
    • Círculo 2: Coisas que posso influenciar;
    • Círculo 3: Coisas sobre as quais não tenho controlo;

    3. Faz um brainstorming individual ou com outros: Lista ideias, ações, competências, comportamentos, mindsets e heartsets e lista-as no círculo apropriado. Por exemplo, no Círculo 1, podes listar coisas como “minha atitude”, “meu comportamento”, “minhas habilidades”. No Círculo 2, podes listar coisas como “meus colegas”, “líder”, “minha equipa” ou “processos”, “recursos”, “critérios”. No Círculo 3, lista coisas como “comportamentos dos outros”, “grau de autonomia”, “comportamentos e vieses das outras pessoas”, etc. Sê específico e concreto em cada um deles.

    4. Reflexões e Insights: Conversa contigo própri@ 😊 ou com os outros sobre os itens listados em cada círculo e discute o seu potencial impacto no problema ou objetivo. No Círculo 1, podes avaliar como focar em coisas como atitude e comportamento pode ajudar-te a assumir o controlo da situação. No Círculo 2, podes reconhecer como a construção de relacionamentos e o envolvimento com as principais partes interessadas podem criar uma melhor influência na situação. No Círculo 3, pode tornar-se claro que não consegues mudar os outros e existem dimensões onde o nosso poder de impacto é bastante limitado, por muito que nos custe.

    5. Priorizar Ações: Identifica ações específicas que podes implementar, tendo em conta o trabalho dos pontos anteriores. Concentra a tua energia e foco nos itens do Círculo 1 e do Círculo 2. E para cada ideia ou possibilidade de ação, faz uma análise tendo em conta o seu potencial de impacto e viabilidade.

    Tenho observado em vários projetos que quase todos as organizações e respetivas equipas de líderes, managers e especialistas reconhecem a mais-valia de agir e atuar de forma diferente, utilizando competências, habilidade, metodologias e ferramentas distintas.

    No entanto, existe menos adesão na parte associada ao empenho e compromisso que isso implica pelos próprios profissionais e equipas.

    Acho que isso acontece porque andamos aos círculos sim, mas de forma equivocada. O nosso foco energia e tempo estão ainda muito dedicados a analisar e a tentar agir sobre o Círculo 3. 😊

    O Círculo 1 e 2 pedem uma abordagem profissional filosófica e existencialmente análogas àquelas que tivemos durante vários milénios e que, entretanto, se desvaneceram – o Autoconhecimento, a Autoliderança, o Humanismo, o Caminho do Meio.


    Sou firme entusiasta do Individualismo Empático – ou seja, que se cada um conseguir fazer o seu próprio percurso de autoconhecimento, autorregulação, automotivação, isso traz uma empatia, abertura e vontade de colaborar intrínsecas e genuínas com os outros.


    Existe também uma ilusão de que os grandes sucessos, objetivos e performance advém de gestos, decisões e talentos igualmente grandiosos. Discordo! 😊

    Considero que é a consistência, disciplina, equilíbrio e continua revisão de impacto dos pequenos gestos, hábitos, comportamentos, celebrações e aprendizagens que nos podem trazer uma performance profissional e organizacional sustentável, ética e human-centric.

    Pode não ser tão sexy, mas certamente é mais perene e principalmente alinhada com a nossa Humanidade e Evolução a nível profissional.


    Em finais de Agosto volto a dar as caras outra vez! 😊

    Descansa, Desfruta, Diverte-te!


    Obrigado, Abraço e Fica Bem,

    H

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